Acostumado a lançar baladas românticas sertanejas, o cantor e compositor Luan Santanafincou os dois pés na música eletrônica em “Best day of my life”, clipe que conta com participação do renomado DJ e produtor americano Steve Aoki, o responsável pela melodia. O colorido vídeo, lançado com exclusividade no site do GLOBO, foi gravado em Nova York e teve direção de Paul Trillo.
— Foi muito massa a experiência de gravar algo tão diferente assim. Nunca tinha feito nada do tipo. A música é totalmente eletrônica. Sempre gostei do trabalho do Aoki, já tinha ido a um show dele em Balneário Camboriú, então a onda foi dobrada — conta Luan, que recebeu a música original em inglês e escreveu, em parceria com seu produtor, Dudu Borges, a versão em português, além de gravar as diferentes vozes que se sobrepõe na canção.
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O músico de 25 anos foi escolhido como o representante sul-americano da campanha #makethefuture, que visa descobrir soluções de energia limpa para o planeta e conta ainda com a nigeriana Yemi Alade, a americana Jennifer Hudson, a inglesa Pixie Lott e a chinesa Tan Wei Wei. Juntos, eles gravaram ainda um outro clipe, cantando a versão original de “Best day of my life”, em inglês.
Para promover o projeto, Luan visitou, nesta terça-feira, a comunidade Santa Marta, no Rio. Ele volta ao local nesta quarta para fazer um pocket show com Pixie Lott e Yemi Alade, às 18h — a apresentação terá transmissão ao vivo pela internet. Nela, cantará a nova música, além de grandes sucessos de sua carreira.
Prestes a completar dez anos de carreira, com uma média de 18 a 20 shows por mês (“isso porque a gente deu uma segurada”), Luan Santana é um dos artistas mais rentáveis da música pop brasileira atual. Ele se prepara para lançar, no início de novembro, seu mais novo CD e DVD, o sétimo trabalho de inéditas de sua carreira. Batizado de “1977” — uma referência ao ano de criação do Dia Internacional das Mulheres —, o disco será marcado por duetos com artistas femininas. Ivete Sangalo, Anitta, Sandy, Marília Mendonça, Ana Carolina e a atriz Camila Queiroz gravaram dobradinhas com o cantor sul-mato-grossense.
— Pelo momento que a gente vive, eu precisava fazer um disco dedicado às mulheres. Foi uma necessidade interna. Vários acontecimentos recentes me deixaram mal, casos de violência contra as mulheres… Juntou-se isso ao fato de eu estar querendo fazer um disco de participações. Então, resolvi juntar as cantoras que eu mais sou fã no país e levar esse assunto para frente — explica. — Eu sempre gostei de ter um motivo por trás de um trabalho, de ter uma história e não só gravar por gravar. Acho importante envolver a visibilidade que minha carreira tem com assuntos que precisam ser discutidos.
Na entrevista, Luan anunciou ainda que R$ 1,50 de cada unidade vendida de seu novo CD e DVD (incluindo a versão digital) será destinado à comunidade do Santa Marta. Os dois primeiros singles do novo trabalho, “Dia, lugar e hora” e “Eu, você, o mar e ela”, já estã
Apesar de “1977” ser um trabalho que celebra a mulher, Luan evitou entrar em questões mais sensíveis, como o machismo na sociedade.
— Com relação às letras, temos que tomar muito cuidado em um disco com participações. Precisamos gravar músicas que tenham a ver com a parceria e comigo, para não perdermos o fio da meada. Falamos de amor em todas as músicas. Fazendo do nosso jeito, a coisa fica mais verdadeira — justifica. — Os seis nomes das cantoras vieram do nada, quando eu estava no meu quarto. A Ana é a dona da minha voz preferida na música brasileira. Anitta está em um grande momento. A Ivete é maravilhosa, o primeiro nome que sempre vem na minha cabeça. A Marília Mendonça nem se fala, é uma artista que está super em alta, representando a mulher no sertanejo. Além delas, eu sempre fui muito fã da Sandy, desde criancinha. E a Camila foi uma surpresa. Queríamos alguém que nunca tinha gravado nada.
Fonte: O Globo
